Como foi provado em conferência de imprensa no Hotel Altis, em grave violação das práticas do PS e dos seus Estatutos, foi esta candidatura impedida de se apresentar publicamente em 15 de Dezembro último, na sede do Largo do Rato, conforme pretendia, com o brilhante argumento produzido então pelo alegado causídico André Figueiredo - Chefe de Gabinete de José Sócrates - de que tinha o direito de filtrar tal iniciativa.
Também nunca mereceria resposta uma “Carta Aberta ao Secretário-Geral”, enviada no início de Janeiro, e em que era pedido diálogo e igualdade de tratamento das candidaturas, bem como a divulgação interna daquele documento, entre os militantes.
Em face destes antecedentes – e da ocorrência de graves atropelos nas eleições internas, de Março de 2010 – entendeu esta candidatura solicitar uma entrevista ao Presidente do PS, Dr. Almeida Santos, que lhe garantiu isenção.
Em sequência, foi-nos comunicado que a Comissão Organizadora do Congresso do PS, entretanto eleita, só teria a sua primeira reunião no passado dia 3 de Fevereiro, razão porque no dia 4, logo pela manhã, solicitámos o acesso aos meios logísticos necessários às nossas actividades.
No dia 6, à tarde, o Presidente da COC informou pessoalmente ser seu desejo assegurar a igualdade de tratamento das candidaturas, mas que ainda não fora definida a sala a atribuir, bem como as condições - preço a pagar e confidencialidade da base de dados - para se aceder ao ficheiro dos militantes e iniciarmos a campanha eleitoral.
Horas depois desta garantia, tomámos conhecimento de que a que a candidatura de José Sócrates já se tinha instalado e estava a utilizar os meios que insistentemente tínhamos solicitado e sempre nos haviam sido negados.
Não pomos em causa a honestidade de Almeida Santos e de Joaquim Raposo, mas é uma realidade que não controlam o Partido.
Fica assim demonstrada mais uma violação grosseira das regras que devem presidir as eleições no interior de qualquer estrutura democrática, o que só prova a razão das críticas que temos vindo a dirigir à actual Direcção do PS: num momento em que o Partido se encontra fragilizado - e até pretende lançar o diálogo para empresários e para o Presidente da República - é incrível que assim possa tratar camaradas que apenas querem contribuir para o debate interno e para a projecção do PS, na sociedade.
Nem a Acção Nacional Popular/União Nacional de Marcelo Caetano fez "melhor", quando, em 1973, a Oposição Democrática resolveu desistir de concorrer às eleições, por falta de condições para concorrer.
Hoje, dia 9, ainda continuamos sem resposta da COC, enquanto a candidatura de José Sócrates se multiplica em acções, com o apoio do aparelho.
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